Espaço Frei Gusmão

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Próximos encontros

02/12 - Reunião administrativa
05/12 - Atendimento
13/12 - Energização final
30/01 - Debulhação

"Um dia" está muito distante... (28/11/11)

(Texto lido na abertura do dia 28 de novembro de 2011)

A vida são deveres que nós trouxemos pra fazer em casa

Quando se vê, já são seis horas!

Quando se vê, já é sexta-feira...

Quando se vê, já terminou o ano...

Quando se vê, passaram-se 50 anos!

Agora, é tarde demais para ser reprovado...

Se me fosse dada, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas... Dessa forma eu digo, não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais.

Passo mais tempo com a minha família e menos tempo no trabalho.

Compreendi que a vida deve ser uma fonte de experiências a desfrutar, não para sobreviver. Já não guardo nada. Uso os copos de cristal todos os dias. Se me der vontade ponho uma roupa nova para ir ao supermercado. Já não guardo meu melhor perfume para ocasiões especiais, uso-o quando tenho vontade.

As frases "algum dia..." e "qualquer dia..." estão a desaparecer do meu vocabulário. Se vale a pena ver, escutar ou fazer, quero ver, escutar ou fazer agora. Não sei o que teria feito a esposa do meu amigo se soubesse que não estaria aqui na próxima manhã, coisa que todos nós ignoramos. Creio que teria chamado seus familiares e amigos mais próximos.

Talvez chamasse alguns amigos antigos para desculpar-se e fazer as pazes por possíveis desgostos do passado. Gosto de pensar que teria ido comer comida chinesa, sua favorita. São estas pequenas coisas deixadas por fazer que me fariam desgostoso se eu soubesse que minhas horas (aqui) estão limitadas.

Desgostoso, porque deixaria de ver amigos com quem iria encontrar cartas... cartas que pensava escrever "qualquer dia destes". Desgostoso e triste, porque não disse a meus irmãos e aos meus filhos, com suficiente freqüência, que os amo. Agora, trato de não atrasar, adiar ou guardar nada que traria risos e alegria para nossas vidas.

E, a cada manhã, digo a mim mesmo que este pode ser um dia especial. - Cada dia, cada hora, cada minuto, é especial. Se recebeste isto, é porque alguém gosta de ti e porque, provavelmente, há pessoas de quem tu gostas. Se estás muito ocupado para gastar uns minutos para enviar isto para outras pessoas e se dizes a ti mesmo que o enviarás “um dia destes”, pensa que este “um dia” está muito distante...

ou pode não chegar nunca...

*Mário Quintana




terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Cidade do Outro Lado (21/11/11)

(Texto lido na abertura do dia 21 de novembro de 2011)

Um eremita do mosteiro de Sceta se aproximou do Abade Teodoro: - Sei exatamente qual o objetivo da vida. Sei o que Deus pede ao homem, e conheço a melhor maneira de servi-Lo. E, mesmo assim, sou incapaz de fazer aquilo tudo que devia estar fazendo para servir ao Senhor.

O abade Teodoro ficou um longo tempo em silêncio. Finalmente disse:
-Você sabe que existe uma cidade do outro lado do oceano. Mas ainda não encontrou o navio, não colocou sua bagagem a bordo, e não cruzou o mar. Por que ficar comentando como ela é, ou como devemos caminhar por suas ruas?

“Saber o objetivo da vida, ou conhecer a melhor maneira de servir ao Senhor, não basta. Coloque em prática o que você está pensando e o caminho se mostrará por si mesmo”.

* Autor desconhecido

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Ausência de médiuns (21/11/11)

Hoje não haverá atendimento com as entidades Maria Bonita e Capoeira.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Palestra com o João no dia 18/11

Palestra com o João no dia 18/11, às 20h.

Um gostoso bate-papo com João Baiano com tempo para perguntas sobre assuntos de interesse dos participantes.

O viajante (07/11/11)


Um homem, tendo que fazer uma longa viagem, se preparou como melhor lhe convinha. Teria um longo caminho pela frente, anos e anos, e, neste tempo, enfrentaria muito sol, muita chuva, muito frio, enfim, inúmeros obstáculos. Achava que nada poderia detê-lo. Para a sua caminhada, tomou calçados, roupas e chapéu, tudo o que achava necessário. E tudo era novo.

Pensou em seu destino e em tudo de valor que achava possuir. Abriu sua mochila e nela colocou tudo, calçado, roupa, chapéu, achando que se não os usasse no seu dia a dia, ao final, os teria ao seu dispor, quando quisesse. E novo.

Colocou tudo as costas e partiu. Ao longo de sua vida, após várias trilhas, viu-se cansado e não pode mais continuar. Estava exausto. O peso as suas costas, com o seu tesouro, já lhe era insuportável. Seus pés, rachados e sangrando, seu corpo surrado e frágil, sua cabeça ferida e seu pensamento, sem direção. Olhou para os seus pés e para seu calçado. O sapato continuava novo, e seus pés, acabados.

Tomou a sua roupa nova e tocou o seu corpo velho e dolorido. Levantou o seu chapéu, novo, e tentou colocá-lo em sua cabeça inchada. Faltava muito para chegar ao topo e tudo que possuía novo, tal como preservou, de nada lhe servia agora. Pensou em abandonar tudo. Já havia abandonado no princípio.

Em silêncio, e pela primeira vez, concluiu que se tivesse utilizado o seu calçado, ele estaria velho, mas seus pés, doloridos, apenas. Se tivesse se vestido, sua roupa estaria rota, mas, seu corpo não estaria cansado e sujo. Se tivesse usado o seu chapéu, ele estaria com suas abas caídas, mas sua cabeça não estaria por estourar de dor.

Refletiu e reconheceu que ali estavam os seus verdadeiros amigos. Para servi-lo, a todo instante, porém tentando somente preservá-los, não permitiu que eles participassem de sua vida.

Lembre-se:

As pessoas que te amam não querem estar somente em uma mochila, como o calçado, a roupa, o chapéu, como um fardo. Querem é estar contigo, em toda a sua jornada, mesmo que cheguem desgastados, sujos, cansados, porém, certos de que, de algum modo, aliviaram a sua dor, seu sacrifício e participaram de sua alegria e chegaram ao fim, todos juntos!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

“Terremotos” (31/10/11)

(Texto lido na abertura do dia 31 de outubro de 2011)

Dizem que, passado o terremoto de Lisboa (1755), o Rei perguntou ao General o que se havia de fazer. Ele respondeu ao Rei: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”.
Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar.
Muitas vezes temos, em nossa vida, “terremotos” avassaladores como o de Lisboa no século XVIII. A catástrofe é tão grande que muitas vezes perdemos a capacidade de raciocinar de forma simples, objetiva.

Todos nós estamos sujeitos a “terremotos” na vida. O que fazer?
Exatamente o que disse o General: “Sepultar os mortos, cuidar dos vivos e fechar os portos”. E o que isso quer dizer para a nossa vida? Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado. É preciso “sepultar” o passado. Colocá-lo debaixo da terra. Isso significa “esquecer” o passado. Enterrar os mortos.

Cuidar dos vivos significa que depois de enterrar o passado, em seguida temos que cuidar do presente. Cuidar do que ficou vivo. Cuidar do que sobrou. Cuidar do que realmente existe. Fazer o que tiver que ser feito para salvar o que restou do terremoto.

Fechar os portos significa não deixar as “portas” abertas para que novos problemas possam surgir ou “vir de fora” enquanto estamos cuidando dos vivos e salvando o que restou do terremoto de nossa vida. Significa manter o foco no “cuidar dos vivos”. Significa concentrar-se na reconstrução, no novo.

É assim que a história nos ensina. Por isso a história é “a mestra da vida”. Portanto, quando você enfrentar um terremoto, não se esqueça: enterre os mortos, cuide dos vivos e feche os portos.

*Autor Desconhecido