Espaço Frei Gusmão

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

2012 foi excelente!

2012 foi excelente!


Completamos 15 de Espaço Frei Gusmão e é uma honra fazer parte deste grupo.

Tenho certeza de que as buscas que nos unem estão pautadas no aprendizado, no desejo de sermos pessoas melhores.

Muito obrigado...

ao grupo de trabalhadores,

aos consulentes,

aos amigos e guias espirituais.

Muito obrigado aos amigos que lá nunca estiveram, mas que colaboram para a existência da casa.

Desejo que nosso compromisso seja sempre honrado com amor.

Anseio que sejamos cada vez maiores. Não em tamanho e, sim, na intensidade do amor e do partilhar.

Um excelente Natal e um 2013 muito inspirado para todos nós.

Um beijo no coração.

Douglas de Oliveira

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Iluminação (03/12/12)


Um certo dia, um chinês chamado Lailai resolveu dedicar a sua vida à meditação. Decidiu que iria para um mosteiro no alto de uma grande montanha, com objetivo de encontrar a iluminação.

Viajou muitos dias e ao chegar em frente ao portão principal do mosteiro, encontrou aquele que seria o seu Mestre.

Lailai foi recebido com muito amor pelos monges que há muitos anos viviam por lá. E dizia a todos:

- Vim para buscar minha iluminação.

Passados alguns anos, o monge Lailai começou a ficar descontente com a sua situação, pois não conseguia encontrar o caminho da luz.

Procurou o mestre, e disse-lhe:

- Amado Mestre, me ensinastes muitas coisas belas e importantes nesta minha caminhada, mas ainda não consegui alcançar a iluminação em minha vida. Quero desistir da vida de monge e voltar para a minha aldeia.

E o Mestre respondeu:

- Tudo bem Lailai. Já que você está desistindo desta vida de meditação, quero lhe acompanhar na descida da montanha. Amanhã, às 4 horas da manhã, estarei lhe esperando no portão principal do mosteiro.

No horário marcado, Lailai encontrou o seu Mestre. Ao sair do mosteiro o Mestre perguntou ao Lailai:

- Querido filho, o que estás vendo neste momento ?

Respondeu Lailai.

- Mestre vejo o orvalho da madrugada, o cheiro das flores, o céu estrelado e uma lua maravilhosa. Continuaram descendo a montanha. Passada uma hora de caminhada, o Mestre pergunta:

- E nesta parte da montanha, o que está vendo ?

Respondeu Lailai.

- Vejo os primeiros raios de sol, escuto o canto dos pássaros e sinto a doce brisa da manhã penetrando em todo o meu ser.

E assim continuavam a descer a grande montanha. Passado algumas horas, o Mestre voltou com a mesma pergunta e Lailai assim respondeu:

- Mestre, neste trecho da montanha sinto o calor do sol, o som do riacho, o orvalho evaporando e os animais silvestres em harmonia com toda a natureza.

Seguiram a caminhada. Chegaram ao pé da montanha ao meio dia. E mais uma vez, o Mestre fez a mesma pergunta e teve como resposta:

- Mestre, vejo como a montanha é bela, as árvores da floresta, o riacho doce que circunda o vale, o camponês cuidando da plantação de arroz. Vejo também mestre, uma criança feliz brincando com os seus amigos.

Então o Mestre lhe falou:

- Agora você já poderá voltar para o mosteiro.

Espantado, Lailai perguntou qual seria a razão da volta ao mosteiro.

Respondeu o Mestre:

- Porque você já encontrou a Iluminação.

- Como Mestre ?

- Muito simples. Em cada etapa da descida da montanha você percebeu a importância de cada detalhe da natureza, compreendendo os seus sons, seus cheiros, suas imagens, as suas cores e suas vidas. Assim é que devemos ver e interpretar esta longa caminha. A isto tudo, nós chamados de iluminação.

A cada degrau da vida veja a beleza que ela nos oferece.

*Autor desconhecido



A lição do fogo (26/11/12)


Membro de determinado grupo, ao qual prestava serviços regularmente, deixou de participar de suas atividades, sem nenhum aviso.

Após algumas semanas, o líder do grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.

Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao líder, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando.

O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. - No silêncio que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam.

Ao cabo de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formavam e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, e empurrou-a para o lado.

Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel.

O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto.

Aos poucos a chama da brasa solitária diminuiu, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez.

Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada.

Nenhuma palavra havia sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois. O líder, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo.

Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor das brasas ardentes em torno dele.

Quando o líder alcançou a porta para partir, o anfitrião disse:

- Obrigado por sua visita e pelo belíssimo ensinamento. Voltarei às minhas atividades amanhã. Deus o abençoe!

*Autor desconhecido